Entrevistas
Entrevista com Pedro Scherer Neto

Por: Willian Menq | 28 de junho de 2018
 
 

Pedro Scherer Neto é um dos mais renomados ornitólogos do Brasil. Engenheiro agrônomo por formação, mestre em Zoologia pela Universidade Federal do Paraná é o pioneiro das pesquisas contemporâneas em Ornitologia no Estado do Paraná.

Natural de Curitiba/PR, onde nasceu em 30 de outubro de 1948, iniciou sua carreira ornitológica inventariando a avifauna em diversas áreas protegidas do estado. Desde então, realizou importantes estudos com as aves paranaenses. É também responsável pela primeira lista de aves do Paraná, publicada em 1980, atualizada até os dias atuais. Seus estudos contribuíram com inúmeras iniciativas públicas e privadas de conservação e manejo de aves no Brasil.

Pedro é um dos poucos ornitólogos que teve a felicidade de registrar a harpia (Harpia harpyja) em vida livre no território paranaense. Dentre as aves de rapina, Pedro sempre teve uma grande paixão pelos rapinantes dos campos gerais paranaenses, especialmente Urubitinga coronata e Sarcoramphus papa.

Devido as suas destacadas contribuições à Ornitologia Brasileira recebeu o “Prêmio Ararajuba”, concebido em 1994 pela Sociedade Brasileira de Ornitologia. Em 2005, através de um artigo produzido por Fernando Costa Straube (seu mais destacado aluno), recebeu uma série de testemunhos, homenagens e impressões de vários amigos e pesquisadores brasileiros em comemoração aos 25 anos de seu livro “Aves do Paraná” (ver Atualidades Ornitológicas º 126). Outra importante homenagem foi realizada pelo Conselho Regional de Biologia da 7º região, em outubro de 2014, que lhe concedeu o título de “Biólogo Honorário”.

Além de ser um grande ornitólogo, Pedro também se destaca pela incrível simplicidade e dedicação, sempre auxiliando generosamente jovens cientistas e estudantes. Como consequência, Pedro é responsável por formar e inspirar várias gerações de ornitólogos e outros estudiosos brasileiros.

Segue abaixo uma entrevista que realizei com o Pedro Scherer Neto durante uma proveitosa viagem ornitológica no pantanal mato-grossense, em junho de 2018.

1. Como começou a se interessar por aves?

Gosto de aves desde pequeno, meu interesse surgiu principalmente por causa das espécies domésticas. Na minha casa eu tinha galinhas, marrecas, patos, etc., era praticamente um colecionador. Na década de 60 vendia-se livremente animais silvestres e eu os comprava. Por isso, possuía em casa várias espécies de psitacídeos como periquito-verde (Brotogeris tirica), príncipe-negro (Aratinga nenday), tiriba (Pyrrhura frontalis), entre outras. Além disso, desde criança eu gosto de zoológicos. Meu pai me levava no Zoológico de Curitiba todos os sábados e lá eu observava as aves em cativeiro. Nessa época eu nem imaginava o poder da observação das aves na natureza.

2. Em que momento da sua vida você decidiu que queria ser ornitólogo? Houve alguém ou algum fato que o motivou a seguir este caminho acadêmico?

Muitas coisas acontecem simultaneamente que me levaram ao ramo da ornitologia. Minha vida profissional se iniciou em 1971, quando conclui o curso de agronomia e comecei a trabalhar no departamento de obras da prefeitura de Curitiba, que era responsável pela arborização urbana e manutenção do zoológico municipal. Trabalhei nesse departamento até 1975 e no ano seguinte, através do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), fui convidado para organizar a coleção de aves mantidas pelo Museu de História Natural do Estado. Foi nesse momento que começo a ter contato com a ornitologia como ciência.

Quem me convidou para trabalhar no Museu foi o Roberto Ribas Lange, um dos maiores ambientalistas que o Paraná já possuiu, foi ele que iniciou o movimento ambientalista no Estado. Nessa mesma época começo a viajar pelo mundo para conhecer zoológicos, que era uma de minhas paixões. Primeiro fui para Lima e Cuzco no Peru, em 1975, depois fui para o Estados Unidos conhecer os zoológicos de Miami, Zoo de Nova Yorque e o Zoo de Cincinnati.

Em 1977 finalmente começo os inventários ornitológicos nos biomas paranaenses. Meu conhecimento em aves era zero, mas fui um autodidata, fui aprendendo a identificar as aves através da base de conhecimento que tinha das peles da coleção do museu. Estudava as peles da coleção e memorizava as formas das aves. Claro que muita coisa errei, fui aperfeiçoando, “fui aprendendo na marra”. Minha principal técnica consistia em desenhar em uma caderneta as espécies que eu via no mato e posteriormente comparar as ilustrações com os espécimes do museu. Algo que devo enfatizar é que eu não usava binóculo, pois os binóculos não eram acessíveis nessa época. Apesar disso, sempre tive uma visão boa, batia o olho no mato e já enxergava as espécies, descrevia na caderneta, ia para o museu e lá fazia minhas listas.

Começo então com os inventários ornitológicos nos biomas do Paraná (floresta atlântica, campos gerais e cerrado), eram levantamentos assíduos e sistemáticos. Em 1978 inventariei as espécies do Parque Nacional de Sete Quedas, em Guaíra, depois fui para o Parque Estadual Vila Velha, que é um dos parques mais emblemáticos do Paraná. Essa década foi marcada foi o auge do desmatamento das florestas do Paraná, infelizmente assisti à destruição das florestas do noroeste, dos campos e do cerrado. Antes dos desmatamentos, tive a oportunidade de ver o cerrado paranaense íntegro, com muito tamanduá-bandeira, ema e tucano-toco. Fiz uma força enorme para conhecer a avifauna dos biomas antes deles desaparecerem, fiz isso por iniciativa própria.

Também começo a estudar as espécies com poucas informações biológicas. Primeiro começo a estudar o papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis), depois jacutinga (Aburria jacutinga), arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) e ararinha-azul (Cyanopsitta spixii).

Em 1977 foi criado o CEMAVE no Brasil, e no segundo curso de anilhamento de aves do CEMAVE, que ocorreu em Poconé/MT, me candidatei e fui aprovado para fazer o curso, que foi ministrado pelo Dr. Helmut Sick, que na época já era meu amigo.

Em 1978 assumo a chefia do Museu de História Natural e abro vagas para estudantes. Um dos estudantes que se destacaram foi o Clóvis Borges, que é uma das pessoas que se mantém até hoje na luta da conservação e pesquisa. É com o Clóvis que começo a pesquisar as aves nas unidades de conservação do Paraná.

Com a ajuda do Dr. Sick, produzi minha primeira grande contribuição à Ornitologia brasileira: o livro "Aves do Paraná", editado em 1980 pela Fundação Mário Nardelli de Nilópolis (RJ). O livro foi produzido basicamente com minhas observações de campo e minhas anotações dos espécimes da coleção do museu.

Posteriormente, em 1981, ganhei de Johan Dalgas Frisch uma viagem para Belém/PA, em agradecimento a uma revisão que fiz na página dos Tucanos do guia de aves do Dalgas. Nessa viagem, estava no alto de uma torre de observação no dossel da floresta acompanhado pelos amigos Flávio Silva e Maria Alice B. Fallavena. Do alto da torre fui convencido pelo Flávio e Maria para organizar o primeiro curso para observação de aves no Paraná. Como resultado, em janeiro de 1982 organizei o “1º Curso para Observadores de Aves”. O curso foi um sucesso, um marco para o desenvolvimento da ornitologia paranaense, as vagas se esgotaram rapidamente. Nesse curso apareceram vários futuros ornitólogos, dentre eles o Fernando Costa Straube, que entra como estagiário no Museu. O Fernando teve um papel fundamental nas listas de aves do Paraná. Ele reúne informações seguras sobre espécies do Estado, organiza os dados e espécimes dos museus, revoluciona toda a organização de listas de espécies do Paraná. Posso dizer que ele é o mais destacado aluno que eu já tive.

Um fato interessante desse período é que meu pai sempre ia pescar com um amigo milionário perto da ilha do Mel e me dizia: - Pedro, tem papagaios lá na ilha. E eu dizia: - papai, não existe papagaio em ilhas. Mas meu pai insistia, e então resolvo me basear na informação do meu pai e vou com o Clóvis para a ilha do mel. Foi nessa viagem que confirmamos a existência de papagaios na ilha do mel, em maio de 1982.

Foi um conjunto de acontecimentos que me levou ao interesse pelas pesquisas com aves. Sempre gostei de zoológicos, conheci a problemática das ararinhas (A. leari e C. spixii), a problemática do Amazona brasiliensis, participo de trabalhos com Amazona pretrei no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina trabalhei com aves marinhas com a Lenir Rosário (que também era orientada pelo Dr. Sick e tornou-se uma grande amiga). Enfim, fui me envolvendo em uma série de atividades de pesquisas por decisão própria, e fui me apegando às pesquisas em unidades de conservação. Diria que sou uma pessoa muito repartida em interesses de pesquisa.

Eu me considero com um degrau abaixo de Helmut Sick, Olivério Pinto, William Belton, Fernando Novaes, Roberto Cavalcanti, e vários outros grandes nomes.

3. Conte-nos um pouco sobre a experiência de trabalhar ao lado do grande ornitólogo Helmut Sick.

Conheci o Dr. Helmut Sick no Museu Nacional do Rio de Janeiro, quando entreguei para ele a pele de um papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis), acho que em 1974. Essa ave apareceu no passeio público e eu não sabia que espécie era. O indivíduo foi à óbito, preparamos a pele e levamos o espécime para o Museu de História Natural do Rio de Janeiro, onde entregamos o espécime para o Dr. Helmut Sick.

O Dr. Sick me estimulou a estudar a espécie, pois não se sabia nada sobre o A. brasiliensis. A partir daí eu e o Sick nos tornamos amigos, e ele tornou-se meu orientador na dissertação de mestrado, que fiz sobre os A. brasiliensis na UFPR. Meu convívio com o Dr. Sick iniciou-se quando começamos a viajar juntos para os congressos. Ele gostava de dividir o quarto comigo, pois ele não suportava ficar com outras pessoas que fumavam, bebiam ou eram desorganizadas, e o mais “comportadinho” era eu. Eu me lembro que nos cafés da manhã eu colocava frutas para o Dr. Sick e ele dizia: - Eu sou um grande Cotingídeo (em alusão as espécies frugívoras da família Cotingidae). Também fui muitas vezes na casa do Dr. Sick no RJ para ele corrigir minha dissertação.


Na foto à esquerda, reunião de ornitólogos no Parque Nacional do Iguaçu, em 1981. Na foto, além de Pedro (ao fundo de camisa listrada) está o Dr. Helmut Sick (seu principal mentor), Sônia Rigueira, Nei Carnevali, Walter Voss, Lenir Alda do Rosário Bege, Flávio Silva e Maria Alice Bello Fallavena. Na foto à direita, Pedro Scherer Neto e Dr. Helmut Sick no II Curso de Anilhamento de Aves promovido pelo CEMAVE em jul/1979.

4. Poderia comentar brevemente quais pesquisas você está conduzindo atualmente?
Atualmente estou conduzindo quatro estudos de longo prazo. Estou pesquisando os rapinantes nos campos gerais paranaenses (região de Ponta Grossa, Palmeira, Castro, Piraí do Sul e Tibagi), com grande interesse na águia-cinzenta (Urubitinga coronata). É um estudo que iniciei em 2013, que possui de três a cinco expedições de campo por ano.

Realizo um monitoramento de aves aquáticas na baía de Guaratuba, iniciado em 2014, onde encontra-se uma enorme concentração de guarás (Eudocimus ruber), que é uma espécie que desapareceu na baía de Guaratuba, e hoje constatamos a re-colonização da espécie na região.

Um estudo que executo desde 2002 é o censo de arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus) no trecho norte do pantanal, município de Barão de Melgaço/MT. Nessa região encontra-se possivelmente a maior população conhecida de A. hyacinthinus.

Tenho também o estudo das aves nas unidades de conservação do Paraná. Recentemente conclui os inventários no Parque Estadual de Amaporã, noroeste do Paraná, iniciado em 2013. Durante as expedições para Amaporã conheci os arrozais da região, presentes principalmente ao longo do rio Ivaí. Desde então, estou monitorando as populações de aves associadas aos arrozais. Interessante que nesses arrozais existem concentrações enormes de aves aquáticas e limícolas. É um caso de antropização favorável a ocorrência de aves. Por lá tem a ocorrência das cegonhas (Ciconia maguari, Mycteria americana e Jabiru mycteria), além de muitas espécies de patos e marrecas.

Além disso, de forma esporádica tenho realizado alguns pequenos estudos de caso em RPPN’s no interior do Paraná, muitas vezes em parceria com a SPVS, como na Mata do Uru, lugar fantástico onde trabalhei dois anos. E como sabe, sou movido pelas araras. Em 1995 registrei as araras-vermelhas (Ara chloropterus) e canindés (Ara ararauna) no extremo noroeste do Paraná, ao longo do rio Paranapanema e Paraná. A partir disso, iniciei um estudo para confirmar a ocorrência das araras em diversas localidades do noroeste do Estado. Nesse estudo contei com o auxílio de um amigo e guia fantástico, o Antônio Carlos Teto, de Paranavaí.

5. Você tem desenvolvido um estudo com aves de rapina, com atenção especial as águias-cinzentas (Urubitinga coronata) nos campos gerais paranaenses. Qual o objetivo do estudo? Como está a situação das águias no Estado do Paraná?

Nós confirmamos a ocorrência da águia-cinzenta (U. coronata) no Cânion do Guartelá, que se estende do município de Castro até Tibagi. Sabemos que a espécie se reproduz na região, sabemos também que há um outro grupo na região de Ponta Grossa e outro pequeno em Piraí do Sul. Nesse estudo estamos tentando estimar o tamanho populacional da águia-cinzenta no Estado do Paraná, acreditamos que haja algo em torno de 20 indivíduos. Recentemente avistamos um casal e um jovem da espécie no Parque Estadual do Guartelá, indicando a reprodução da espécie no local.

O Parque Estadual do Guartelá é o ponto central de nossos estudos com rapinantes, onde existe a maior concentração de águias-cinzenta (U. coronata), águias-chilena (Geranoaetus melanoleucus) e urubus-rei (Sarcoramphus papa). Com muita sorte descobrimos que só nessa região, existem pelo menos 70 indivíduos de urubu-rei. Se não se dedicássemos a uma constância em campo, indo sempre que possível, não teríamos essas informações. Temos um registro extra de águia-cinzenta em Diamante do Norte, no noroeste do Paraná, onde avistamos um único indivíduo durante o inventário na Estação Ecológica do Caiuá.

Nesse estudo a equipe é formada por mim, Tony Bichinski, Bruno Henrique Grolli, Valdi de Paula Gonçalvez e Luiz Fernando de Franco Macedo. O Valdi e o Luiz Macedo, são meus braços direitos, são dois auxiliares de mais de 30 anos de convivência.

Para mim a águia-cinzenta é o símbolo da necessidade de pesquisas para conservação. Se nossa equipe não atuar em campo, não haverá ninguém levantando dados de forma semelhante para essa espécie no Paraná. Se houver necessidade de manejo ou informações para traçar estratégias de conservação in situ seria através das informações que estamos levantando.

6. Em 2003 você registrou a harpia (Harpia harpyja) na baía de Guaraqueçaba. Você é um dos poucos ornitólogos que teve a felicidade de registrar a harpia em território paranaense. Como você avalia a situação da espécie no Estado do Paraná? Acredita que a espécie ainda ocorra no Estado?

Essa pergunta é muito interessante, o indivíduo de harpia que vimos era um macho. Estávamos de barco procurando Amazona brasiliensis durante uma visita na planície litorânea paranaense próxima à fronteira com Santa Catarina. Avistamos a harpia pousada em uma árvore, eu estava acompanhado de dois colegas e imediatamente anunciamos: - É uma harpia! Após a observação a ave pegou uma térmica e voou em direção ao mar ao invés de ir para o continente, até que perdemos ela de vista.

Acredito que ainda existe harpia no Paraná. A serra do mar possui uma continuidade de florestas muito extensa, que se une com São Paulo e Santa Catarina. Acredito que falta pesquisas de registros de ataques à animais domésticos. Em Guaratuba há relatos de ataques de um gavião cinza muito grande atacando leitões, filhotes e carneiro, etc., que para capturar esse tipo de presas só pode ser uma harpia. São informações que chegam até mim através de amigos que moram na região. Também pesquisadores que trabalham com o bicudinho-do-brejo (Formicivora acutirostris) dizem que já viram três rapinantes grandes, que parecem uma harpia, voando na região litorânea do Paraná. Além disso, existem áreas no oeste do Paraná, como o Parque Nacional do Iguaçu e uma área privada na região, onde provavelmente existam harpias, mas falta pesquisas para registrá-las.

6.1 E o uiraçu (Morphnus guianensis) no Paraná?

Para mim seria uma surpresa maior ainda. Sabemos que há registros recentes em São Paulo, próximo à fronteira com o Paraná, e por que não ocorrendo no Paraná. Essa fronteira com São Paulo é uma área de relevo muito acidentado, que inviabiliza o acesso a vários pontos. Mas o M. guianensis pode estar presente nessa região em um número muito baixo de indivíduos.

Hoje o que chamamos de ciência-cidadã, um enorme contingente de pessoas que vão fotografar aves, além de observadores amadores, têm muitas ferramentas para procurar e registrar aves, conhecer as espécies de uma determinada região. O interessante é que hoje em dia existem muitos observadores e fotógrafos de aves praticando a observação de aves, gerando dados para nós pesquisadores, uma contribuição inestimável para a ciência.

7. Dentre os rapinantes, qual sua espécie preferida?

É a águia-cinzenta! Não sei explicar o motivo, talvez seja por amor à primeira vista. Sei que uma vez estava trabalhando no Parque Estadual de Vila Velha, sentado em uma pedra, e quando olho a direita, vi um casal de águia-cinzenta pousado em um pinheiro. Na sequência elas voam, e passam ao nosso lado em uma elegância incrível, foi um “orgasmo ornitológico”. Também gosto muito do urubu-rei (Sarcoramphus papa), posso dizer que é a segunda espécie de rapinante favorita. Tenho uma atração por essa espécie desde a infância.

8. Qual sua experiência mais marcante com as aves de rapina?

São tantas, mas quando vi um casal de águia-cinzenta pousada em uma torre no Parque Estadual de Vila Velha, em 2009, foi muito marcante. Observamos elas por vários minutos, em ótimas condições, a experiência foi mais marcante que o encontro com a harpia no litoral do Paraná. Também tive muitos encontros marcantes com o gavião-pombo-grande (Pseudastur polionotus) e muitas cenas marcantes com o gavião-pega-macaco (Spizaetus tyrannus) na estrada para Guaraqueçaba, pousado em araucárias ao lado da estrada.

9. Qual lugar você mais gosta de ir para observar rapinantes?

Gosto muito da região dos Cânions do Guartelá. Gosto de ir lá para observar a águia-cinzenta e o urubu-rei.


Pedro Scherer Neto aguardando o surgimento de um rapinante e contemplando as belas paisagens Cânion do Guartelá, Paraná.

10. Que mensagem você daria aos jovens estudantes de biologia ou áreas afins que pretendem seguir carreira no estudo de aves?

Diria que se você nasce com o dom que pratique!!

Pedro, gostaria de acrescentar algo mais?

Hoje em dia o que eu acho mais interessante é a quantidade de pessoas fotografando e se interessando por aves.  Também fico impressionado com os grandes projetos de conservação com aves no Brasil, tem muita gente boa trabalhando com aves.

 

Pedro Scherer Neto M.Sc
Instituto Neotropical: Pesquisa e Conservação
Pesquisador Associado 
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Museu de História Natural "Capão da Imbuia"
Zoológico de Curitiba
Pesquisador colaborador
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PSN A Foundation
Presidente


 

 
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da Entrevista na íntegra